domingo, 25 de agosto de 2013

É aqui que eu morro. Em nenhum lugar que não esta casa morrerei. Se pudemos juntos levantar essas paredes que parecem organismos naturais entre essas árvores, se aqui fomos construindo a nós proprios na nossa Pasargada, se aqui eu nasci e morri nos teus braços, tantas vezes... se estas janelas me viram cair as folhas, amarelar... se nestas janelas oníricas vimos correr nossos corpos, nossos corpos no futuro, tanta vida, tanto mato, tanta água,  tanta coisa que viria... se nesta terra plantamos nosso sexo sob a lua, plantamos crias do nosso leite, voamos sementes bestas cansadas, plantamo-nos a nós mesmos dentro do nosso útero,  do nosso tronco, então também aqui eu plantarei meu corpo morto, aqui é que eu vivo.

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